O mundo todo está em mim.
Na minha pele estão todos os continentes
E nos meus olhos a parte iluminada e marmoreada da minha alma,
Pejada de pó e crateras de impactos distantes e duradouros,
Cuja luz branca e funéria de lágrimas esquecidas,
Está virada para o nascer de outro dia.
Antes, na noite, sonho a minha esperança.
De dia, a lava da impureza de todos escorre
E arde os meus campos verdejantes.
E sempre o rio do meu sangue corre para ti
Sem nunca chegar ao destino.
Paulo Pombal, Lisboa, 20 de Junho de 2011
All the world's inside me.
On my skin are all the continents
And on my eyes the marble white light of my soul,
Filled with dust and distant and everlasting impact craters,
Shinning funerary forgotten tears,
Facing towards the rise of another day.
Before, at night, I dream of hope.
During the day, the lava of everyone's impurity
Runs and burns through my greenish fields.
And always the river of my blood runs to you
Never arriving to it's destination.
Paulo Pombal, Lisbon, June the 20th, 2011